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Moraes liga para Padre Lancelotti e diz que vai intervir 'politicamente' contra CPI em SP

Alexandre de Moraes e Padre Julio Lancelotti em evento do governo Lula (Crédito: Ricardo Stuckert / PR - 11/12)

O padre Júlio Lancellotti recebeu uma ligação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na quinta-feira 4, que lhe ofereceu “solidariedade e apoio”. O próprio religioso revelou a informação, em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira, 5.

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo foi solicitada com o objetivo de investigar o trabalho das organizações não governamentais (ONGs) no centro da capital paulista. Por seu trabalho de longa data na região, o padre Júlio Lancelotti se tornou o “alvo” do colegiado, mesmo que seu nome não esteja no pedido.

Ao falar com a CNN Brasil, o padre disse que o ministro indicou até intervir politicamente para protegê-lo na possível futura CPI.

“Ele [Moraes] disse que está reunindo todas as informações e, para isso também, ia falar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo”, disse Lancellotti.

Além disso, segundo o padre, Moraes lhe pediu que, “no que fosse preciso, nós o chamássemos”.

O propósito da conversa de Moraes com o presidente da Casa seria “entender como é que está funcionando, porque se fala da CPI, mas ela é [ainda] uma proposta”, disse Lancelotti.

O autor do requerimento para a abertura dessa CPI é o vereador Rubinho Nunes (União). Ele protocolou o pedido de instalação do colegiado em 6 de dezembro.

“Ontem à noite, o ministro Alexandre de Moraes me ligou, eu fiquei muito emocionado com essa ligação”, contou Lancelotti, ao lembrar que conversou com o ministro do STF, de quem disse ser amigo há três décadas. “Ele manifestou solidariedade, apoio. Porque eu conheço o ministro Alexandre de Moraes há mais de 30 anos, desde o seu trabalho aqui em São Paulo.”

“Máfia da miséria”

Nunes afirma que a CPI tem como objetivo “verificar as atividades realizadas” pelas ONGs que atuam no centro de São Paulo. O vereador acredita que essas organizações promovem uma “máfia da miséria”, que “explora os dependentes químicos”, principalmente na região conhecida como Cracolândia.

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