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Caso do cartão de vacina de Bolsonaro é arquivado sem apontar culpados

Em um cenário atual de controvérsias no Brasil, o caso envolvendo o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi arquivado sem a identificação de culpados. A Controladoria-Geral da União (CGU) conduziu uma investigação, ouvindo o funcionário responsável pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, além de enfermeiros e outros profissionais de saúde, que afirmaram que Bolsonaro nunca esteve no local para se vacinar.

A CGU também obteve dados da Força Aérea Brasileira, que mostram que Bolsonaro retornou de São Paulo para Brasília um dia antes da data da suposta vacinação. Na época, o então presidente estava na capital paulista para tratar um quadro de obstrução intestinal.

Apesar da investigação indicar uma possível fraude no cartão de vacinação, a equipe técnica da CGU recomendou o arquivamento do caso, alegando a falta de provas suficientes contra funcionários públicos.

A CGU identificou fraudes em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que levou a Polícia Federal (PF) a abrir uma investigação sobre o caso, focada no ocorrido no estado fluminense. De acordo com a investigação, todos os funcionários da UBS Parque Peruche compartilhavam o mesmo login e senha de acesso ao Sistema VaciVida na época da inserção dos dados, dificultando a identificação do responsável.

A CGU concluiu que o sistema poderia ser acessado de qualquer local com acesso à internet. O órgão também destacou que o registro foi incluído apenas no Sistema VaciVida, mas não nos livros físicos da UBS Parque Peruche, reforçando a hipótese de que a fraude teria sido realizada online.

A CGU ressaltou que os dados transmitidos pelo sistema VaciVida sobre a imunização do ex-presidente no dia 19 de junho de 2021 são válidos de acordo com o modelo de informação acordado entre os entes federativos. No entanto, apesar de serem válidos, as provas colhidas indicam que não são verdadeiros.

Outro ponto investigado pela CGU foi a disponibilidade do lote da vacina da Janssen nos sistemas do Ministério da Saúde na época da suposta imunização do ex-presidente. A CGU concluiu que, apesar do lote existir na época da suposta vacinação, ele não estava disponível na UBS Parque Peruche no dia 19 de julho de 2021.

Em maio do ano passado, a PF deflagrou a Operação Verani, com o objetivo de esclarecer a atuação de uma suposta associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. A PF investiga se teriam sido forjados dados do certificado de vacinação de parentes do ex-presidente Jair Bolsonaro, como de sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, e de sua esposa, Michelle Bolsonaro.

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